José Virgolino de Alencar
19/05/2008
Navegando pela TV a cabo, buscando programas que valham a pena assistir, sempre dou uma paradinha nos canais religiosos cristãos Rede Vida e Canção Nova.
Além das mensagens cristãs, os canais apresentam programas musicais, onde despontam, por exemplo, Padre Antônio Maria, Padre Zezinho, Padre Marcelo e outros.
Certa vez, na Rede Vida, aparece como convidado do Grupo Cantores de Deus um jovem padre, com jeito tímido, simples, sem qualquer rasgo de estrela. Ouvi, mas o jeito até humilde do novo sacerdote não foi suficiente para atiçar a curiosidade em torno de suas músicas.
Pouco tempo depois, vejo novamente o jovem padre pregando e cantando, na Canção Nova. Aí já deu para sentir o valor, a competência e preparo do sacerdote ainda com seu jeito humilde. Esse jovem padre, que se revelou bom cantor e inteligente pensador, é o jovem e surpreendente Padre Fábio de Melo.
Digo surpreendente, porque, somente depois de assistir ao seu show no Clube Cabo Branco, aqui em João Pessoa, e ler seu importantíssimo livro “Quem me roubou de mim?”, foi que descobri a real dimensão do Padre Fábio de Melo, um artista cristão no palco, com simpatia e empatia com o público, um intérprete seguro das canções que abrangem um extenso leque de estilos e ritmos.
No livro, descubro um escritor, um filósofo, um teólogo, um pensador profundo, inserindo a Igreja Católica num contexto da era moderna, como a queria João Paulo II.
“Quem me roubou de mim?” faz um paralelo entre o seqüestro do corpo e o seqüestro da subjetividade da pessoa. Ter a subjetividade seqüestrada é um fato presente no ser humano e que a gente não percebe. Somos seqüestrados subjetivos, nos subjugamos a torturas, angústias, tormentas mesmo, e não sentimos que somos vítimas de insidiosos seqüestradores que nos encarceram na “cela” de nossa própria alma.
O tema desenvolvido pelo Padre Fábio de Melo, com uma perfeição conceitual e clarividência de idéias, deixa-nos atônitos, no primeiro momento, reflexivos depois, para enfim observar-se e reconhecer essa “realidade” psico-espiritual do seqüestro da subjetividade.
Aos 37 anos, o Padre Fábio de Melo, com o carisma que tem e a capacidade de ver o mundo com o observatório espiritual que Deus privilegiadamente colocou em sua mente fértil, será com certeza um dos futuros notáveis da Igreja Católica.
Na música, que é mais um capítulo da obra que Padre Fábio de Melo está construindo, surge um astro na expressão digna da palavra, que contribuirá para a divulgação da mensagem cristã, cantando e pregando ao mesmo tempo, além de valorizar a própria música, provando que a seriedade tem vez nesse universo conturbado pela degeneração de ritmos e gêneros musicais.
Padre Fábio de Melo canta bem qualquer bom gênero musical, já tem uma longa carreira, larga experiência, em que pese a pouca idade.
Que Deus continue iluminando o jovem sacerdote, espargindo sobre ele as graças divinas, porque é a humanidade e o sentimento cristão que ganharão com o que ele sabe e pode oferecer.
Fonte: Portal Mhário Lincoln
(grifo nosso)
Já conhecia o artigo.
ResponderExcluirColoquei o autor em contato com o padre, pois esse era o desejo do jornalista. Não sei se o padre respondeu. Acredito que sim, pois o artigo é lindo.
Em meio a tanta porcaria que os hipócritas de plantão andam publicando, é lindo ler o artigo de um jornalista muito bem informado e que entendeu a mensagem do padre.
Obrigada por postar aqui.
Maria
Já conhecia o artigo.
ResponderExcluirColoquei o autor em contato com o padre, pois esse era o desejo do jornalista. Não sei se o padre respondeu. Acredito que sim, pois o artigo é lindo.
Em meio a tanta porcaria que os hipócritas de plantão andam publicando, é lindo ler o artigo de um jornalista muito bem informado e que entendeu a mensagem do padre.
Obrigada por postar aqui.
Maria