Com minha benção,
Pe. Fábio de Melo.
11/02/2009
"Meu querido padre Fábio. Eu ainda não sei ao certo o que desejava o repórter. Arrisco dizer que ele não saiu de casa desejoso de noticiar coisas boas. Também não pude perceber compromisso com a verdade. Exemplo disso foram as luzes que maldosamente colocaram em seus cabelos, através de recursos de computador. Eu o vejo toda semana na Canção Nova e por isso sei que foi recurso de maldade.
Eu me senti ofendida. Eu também estava no Canecão por ocasião da gravação de seu precioso trabalho. Apesar de estar no auge dos meus oitenta e dois anos, asseguro-lhe ser ainda possuidora de excelente audição. Engraçado, mas em nenhum momento pude ouvir da platéia algum gracejo ou palavra que pudesse ferir o que lá esperávamos do senhor: seu ministério sacerdotal! Muito pelo contrário, o que pude ver foi o comprometimento de um público que sabia muito bem o porquê de estar ali. Não éramos expectadores, mas participantes de um momento raro onde a boa notícia do evangelho estava sendo dada com primor, elegância e bom gosto.
Lamento muito, meu querido padre, que o repórter tenha nos classificado de maneira tão desonesta. Não éramos um bando de histéricos naquela noite. Éramos um grupo de cristãos que acredita na Vanguarda de sua proposta. Éramos um grupo de pessoas que acredita na possibilidade de uma renovação eclesial, pela força de um discurso inteligente, profundo e sensível aos desajustes de nosso tempo. Naquela noite no Canecão, juntos nós rezamos, choramos e nos alegramos.
Querido padre Fábio, sou professora aposentada. Fiz de minha profissão um apostolado. Ensinei desde a minha mocidade. Fiz ler, fiz escrever, fiz compreender. Acreditei e continuo acreditando que o aprendizado é uma das coisas mais encantadoras que nós podemos desfrutar na vida. Vencer a ignorância, alcançar o conhecimento das coisas, ultrapassar os limites. Sempre fiz um esforço danado para mostrar aos meus alunos que a vida dos outros merece respeito, e que nossas palavras precisam ser medidas para que não cometamos injustiças.
Ao me deparar com a reportagem sobre os cristãos que cantam a fé, tive uma sensação de batalha perdida, de barco naufragado. Senti vontade de abraçar a Adriana, a jovem Jack que até então não havia conhecido, Aline Barros, Fernanda Brum. Tive vontade de correr atrás de vocês e pedir que não deixassem que a ironia das palavras atingisse o ânimo de seus corações. Gostaria de recordá-los, que por mais que seja grande o volume de dinheiro que o mercado religioso possa levantar, que vocês nunca se esqueçam das almas que se levantam pela força do ministério que Deus lhes confiou.
Meu querido padre, permita-me lhe chamar de filho. Eu o conheci antes dessa grande repercussão de seu trabalho. Foi com olhos desconfiados que o enxerguei pela primeira vez. "Não pode ser um padre!" - comentei com minha irmã que agora também o ama. Você falava de Drumonnd de Andrade, meu autor predileto. Mas ao mesmo tempo falava de Jesus, meu modelo de vida. Suas palavras me mostraram um cristianismo que eu nunca poderia ter morrido sem conhecer. Deixei cair por terra os meus preconceitos e me transformei numa divulgadora de sua obra.
Padre Fábio, sempre soube que você é um homem vaidoso, afinal nunca nos escondeu isso. Fala em suas palestras, brinca sobre o assunto em seus programas, e até nos motiva a ficarmos mais bonitos, por dentro e por fora. Minha netinha sempre me diz que eu devo cuidar das minhas unhas, pois o padre Fábio disse que é importante...
O principal o senhor já tem. É consciente das fragilidades que possui e as partilha conosco. Assim a gente se compromete a não passar dos limites. Você daí e nós daqui. Juntos vamos divindo a luta diária, o altar que nos coloca na mesma intenção, como o senhor tão bem nos ensina.
Quero lhe pedir, com autoridade de mãe, que você continue firme. Continue abrindo as portas para que outros possam levar a boa música cristã ao palco do Canecão e de todos os grandes espaços reservados à cultura. Continue ajudando na construção da nova identidade cristã, pregada com rostos jovens, calças legs ou jeans, camisetas e relógios bonitos.
Só não se esqueça de uma coisa. A razão que nos faz sair de casa, enfrentar a violência de nossa cidade, ficar plantada na fila, tomando chuva, voltando de madrugada como se ainda tivéssemos vinte anos, não é o aparato que construíram ao seu redor, mas sim, o rosto e a voz de Cristo, que por meio de seu talento e admirável vocação sacerdotal e artística, repercutem em nós, através de sua alma.
Padre, continue nos dando o Cristo. Ele é o que há de mais bonito no senhor. O resto é consequência.
Quanto à revista, não se preocupe. Ela não costuma falar bem de ninguém. Sempre foi assim! O importante é a gente não deixar que a mentira e a ironia prevaleçam sobre a verdade e o repeito.
Fica com Deus.Desejosa de sua benção, sua filha espiritual,
Maria Lúcia."
Quanta lucidez! As palavras que nos fazem sentir que tudo está valendo a pena. Tudo que foi escrito gostaria também de ter dito.
ResponderExcluirParabéns, sra. Maria Lúcia
Gemma
São manifestações como essa que afirmam que o Pe. Fabio está no caminho certo e que se supera sempre com suas atitudes muito positivas.
ResponderExcluirGemma
COMO ESSE MUNDO É PEQUENO. ACABEI DE VOLTAR DE UMA MISSA, E ENCONTREI VÁRIAS PESSOAS INDIGNADAS COM AS MALDADES QUE ESTÃO TENTANDO FAZER COM O SENHOR, DEUS É MAIS. NÃO DÊ CONFIANÇA AS MÁS LÍNGUAS, INVEJOSAS. O SENHOR ESTÁ FAZENDO MUITA GENTE VOLTAR A SE ENCONTRAR, A SE AMAR E O MAIS IMPORTANTE TER UM ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO. A PAZ DO SENHOR.
ResponderExcluirDANE-SE ESSAS PESSOAS POBRES DE ESPÍRITO.
Tenho grande admiração pelo senhor, tenho idade de ser seu pai, amigo, irmão, o que for necessário. E é muito deprimente ver tanta gente perversa, falando mal do senhor.Que padre vaidoso, isso não é nada demais, só não priorize. Segundo a minha mãe falava pra mim; homem in- teligente, bonito, bem sucedido; a vitória incomoda muito. Como o senhor é jovem, ainda tem muito que viver e aprender, na hora a gente sente raiva, mas só faz mal para o nosso coração, a gente envelhece mais rápido, fora as doenças que são geradas. Lembre-se, pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus,(diariamente) para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do seu dever.(Ef.10;12-13). Filho, o caminho é perdoar. Continue forte, firme, trabalhando com amor e mansidão. Um grande abraço, seu irmão em Cristo.
ResponderExcluirO padre Fábio não deve se incomodar tanto com o que dizem os jornalistas brasileiros, em sua maioria, incultos, desqualificados, descompromissados com a verdade e a fé.
ResponderExcluirEles fazem isso com todos, foi assim com o pe. Zezinho e quase destruíram o pe. Marcelo, logo, com ele não seria diferente.
Quando vi a reportagem no site da revista, fiz o meu papel,enviei-lhes um e-mail e expressei o meu descontentamento de forma equilibrada, contudente, apontei todos os equívocos, a má-fé e o preconceito com o cristianismo, pois só costumam criticar os cristãos, mas enaltecem, por exemplo, o islamismo que segrega a mulher e provoca a morte de inocentes.
Cabe a nós, católicos não darmos ouvidos a essas bobagens, afinal conhecemos o comprometimento do seu ofício:Jesus.O que eles querem na verdade, é atacar a Igreja que defende pontos de vista contrários aos interesses da elite brasileira.Sabemos que o padre não é um aventureiro, está há mais de 11 anos na música católica, participava dos eventos na Canção Nova com o pe. Joãozinho,etc.
Nada do que a artificial e comprometida imprensa brasileira anunciar mudará a minha opinião.
Ao ler a carta de D. Maria lucia me emocionei, primeiro porque ela soube transmitir em palavras exatas o que eu, e acredito muitas pessoas que admiram o pe Fábio, gostaria de dizê-lo nessa situação q ele,alias, se sai elegantemente. Com o intervalo de nossos tempos de vivência, D Maria Lucia com sua experiencia e eu com minha ainda curta trajetoria de aprendizagem da vida, nos encontramos concatenadas numa mesma idéia e sentimento de respeito e amor por uma pessoa que é pura luz como o pe Fábio. Concordo q esse jornalista foi extremamente maldoso e envergonha a categoria mas lembremos tambem que, em toda profissão, há as pessoas éticas e as desonestas com seus principios e os valores alheios.
ResponderExcluirUm abraço ao pe Fábio de Melo,esse anjo de luz!!!
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ResponderExcluirSua bênção Pe. Fábio. Acho seu trabalho uma obra de Deus, assim como o seu sacerdócio. Não perco o seu programa, e claro, toda a família também acompanha sua trajetória. O senhor brilha porque reflete o amor de Cristo, e várias vezes encontro semelhanças entre as peregrinações de Cristo e as suas, pois os propósitos tinham e terão muito em comum. Que Deus continue o abençoando e trilhando a sua carreira e o seu sacerdócio, "que eu seja santo, santo, santo, pois Deus santo, santo santo... minha santidade apresse o Senhor e Ele logo virá..."Abençoe também o nosso Grupo de Oração RCC - Profetas de Assis, caminhando com Maria, Várzea do Poço - BA.
ResponderExcluirGrande abraço.
Quando um revista como a Veja, com sua matéria consegue incomodar, temos a obrigação de nos indignar, mandar e-mails de protesto, chamar atenção para as mentiras veiculadas e, com isso, mostrar que estamos muito conscientes sobre o papel de vanguarda que o senhor, Padre Fabio, tem na mídia com a proposta de evangelização que ultrapassa os muros das sacristias. Sua benção e conte sempre com meu apoio e de minha familia. Nós o amamos muito.
ResponderExcluirGemma
Parabéns Sr. Maria Lúcia, suas palavras são perfeitas, diz tudo o que precisavámos ler e saber.
ResponderExcluirDeus tem uma missão para cada um de nós e a do Padre Fábio é evangelizar com o todo amor que ele tem no coração.