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Domingo, 16/11/2008
Padres afastados da Igreja por serem casados desejam voltar a fazer parte da instituição sem abandonar a família. Opiniões se dividem. Uns padres consideram o celibato fundamental, outros não.
Padres casados querem voltar à Igreja
Eles lutam pelo direito de celebrar rituais católicos.
Um padre casado e com cinco filhas criou uma polêmica daquelas esta semana no Brasil. "Quem quiser ser celibatário, seja celibatário. Quem quiser se casar, casa". O padre Oziel acaba de ser afastado da igreja. E ele não é um caso isolado.
O conflito com o celibato na Igreja Católica é um dos grandes desafios do sacerdócio. Perturba os padres há séculos e é um problema para o Vaticano. Mas nem sempre foi assim. O celibato só se tornou obrigatório no século 16.
"Penso eu que a igreja não tende a modificar isso, tanto é que o Código do Direito Canônico foi promulgado em 1983 e continua com esta prescrição: o celibato para o sacerdote”, acredita dom Ancelmo Chagas de Paiva, doutor em Direito Canônico.
"O celibato não tem nada a ver com o dogma. É uma opção política e jurídica da igreja. O papa pode, quando quiser, se quiser, dizer: acabou o celibato”, afirma o padre João Tavares, coordenador do Movimento dos Padres Casados do Brasil.
Com duas filhas e uma neta, o padre português João Tavares, que chegou ao Maranhão 40 anos atrás, largou a batina em 1979 para se casar. Nos últimos anos organiza reuniões com outros padres casados.
Na periferia de São Luís, no Maranhão, o padre Caetano, celibatário por 18 anos e casado há quatro, ingressou na Igreja Vétero Católica, uma dissidência da Igreja Romana, para poder continuar celebrando ritos religiosos. No lugar, nós encontramos um grupo de padres casados.
"Eu passei a sentir necessidade, vontade de constituir uma família, então, para não haver escândalo, problema, escandalizar, eu disse: prefiro sair”, conta o padre Ronaldo Farias.
A Igreja Católica tem no Brasil aproximadamente 18 mil padres. O número era maior. Nos últimos anos, muitos resolveram assumir o relacionamento que mantinham secretamente, se casaram e por isso foram obrigados a abandonar a batina. Estima-se que pelo menos 7 mil padres deixaram o altar para assumir o casamento.
Muitos deles hoje querem ser aceitos de volta na Igreja Católica, sem abrir mão da família.
“Eu tenho um processo no Tribunal Rota-Romano, eu poderia tranquilamente voltar para exercer minhas funções como padre casado”, conta o padre José Caetano Souza.
A Igreja Católica sob o comando do papa tem duas grandes divisões em seus ritos: o latino, adotado na Europa, África e nas Américas, e o oriental. As igrejas do rito oriental, embora subordinadas ao Vaticano, aceitam padres casados, desde que o casamento tenha ocorrido antes da ordenação.
"No nosso caso, que somos da igreja latina, sempre se achou que havia uma adequação muito boa entre celibato e ministério sacerdotal. Mas pode ter um momento que isto mude também", diz Dom José Belisário, arcebispo de São Luís.
Celibato opcional. Esta é a principal bandeira do padre Osiel, 62 anos, casado, cinco filhas. Esta semana ele foi afastado oficialmente das atividades religiosas pelo arcebispo de Goiânia. Mas Osiel não pretende se aposentar.
"Eu não vou dependurar a batina não. Eu vou continuar trabalhando humildemente", afirma o padre Osiel dos Santos.
"Ele não pode exercer o ministério. Mas ele será padre para sempre”, explica dom Washington Cruz, arcbispo de Goiânia.
"O casamento não atrapalha nada", diz um rapaz.
"Eu acho super normal", acredita uma jovem.
"Um pastor pode casar. Um padre também pode casar, não pode?”, acredita o rapaz.
"Ninguém está imune ao amor. O amor pode chegar na vida de uma pessoa depois de uma escolha definitiva”. O mineiro Fábio de Melo, 37 anos, é padre, professor, cantor e compositor. Já gravou 11 CDs e é considerado um pop star. Apesar do sucesso e da tentação do assédio, ele é a favor do celibato obrigatório.
"O celibato está a favor do meu sacerdócio, porque ele me ajuda a ser mais livre. Ele me ajuda ter mais tempo para a minha missão. Como é que eu lido com o assédio? Tratando com respeito, pedindo esse respeito e ao mesmo tempo deletando o que precisa ser deletado”, afirma padre Fábio.
O celibato ainda vai alimentar muitas polêmicas. O Vaticano não demonstra disposição para rever essa questão tão cedo.
Fonte: Rede Globo / Fantástico
Padre Fabio e uam bençõa....Que Desu o abençoe sempre!!!!
ResponderExcluirDulce
O assunto é bastante polêmico e achei ótima a postura elegante de Pe Fábio ao responder.Ele realmente está super preparado para enfrentar o mundo secular profano.Como alguém sabiamente disse "ele está no meio para evangelizar as pontas", e realmente está cumprindo sua missão.devemos rezar mto por ele para que dê continuidade ao seu trabalho e para que o diabo de saia não o pertube.Ele é lindo , mas sua beleza interior é mto mais e é a isto que devemos nos apegar.PARTICULARMENTE acho que o celibato é necessário,proque assim quem se consagrar é porque realmente foi chamado por Deus e terá tdo o tempo para se dedicar a missão.De outra FORMA SERIA APENAS UMA PROFISSÃO,sem querer desmerecer os pastores.QueDeus abençõe mto este anjo de luz.
ResponderExcluirNão há dúvida que o celibato opcional é o mais lógico e democrático. Por que nos anos 867 da era cristã o casamento era normal aos Papas?. O Papa Alexandre VI escolhido para o cargo em 1492,tinha seis filhos e várias amantes conhecidas. Aquele que se sentir bem com o celibato,tudo bem, segue o celibato. Outros que desejem se casar que se casem. Tudo é uma questão política e jurídica da Igreja, simplesmente isso.
ResponderExcluirPe. Fábio de Melo foi muito feliz com essa sua dissertação sobre este tema tão complexo e pouco entendido pela maioria dos católicos e não católicos.
ResponderExcluirO Padre Fábio de Melo foi muito sábio ao dizer que já sabia que para exercer o sacerdócio era necessário viver o celibato.Isto se chama escolha, o padre fábio é relamente um escolhido de Deus. Nós mulheres deveríamos em vez de ficar tentando esse homem de Deus e tantos outros, rezar pelo menos uma Ave-Maria por eles, para que continuem evangelizando. Devemos rezar muito pelos sacerdotes dos últimos tempos para que continuem fiéis à Cristo e a Igreja, pq Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre e eles precisam demonstrar essa coragem de romper com o secularismo e relativismo e subir até os telhados se preciso for para gritarem aos povos e nos acordar e abrir nossos olhos contra o pecado que assola o mundo. Obrigada Padre, por nos alertar sobre o que realmente importa, nossa vida ETERNA.
ResponderExcluirPe. Fábio, peço sua bênção!
ResponderExcluirSó uma correção. O celibato passou a ser recomendado desde o Concílio de Elvira (século IV) e foi dito obrigatório apenas aos padres da Igreja do Ocidente a partir de 1123 (I Concílio de Latrão). Nas Igrejas do Oriente essa obrigação não foi ditada, inclusive nas Igrejas que permaneceram em Comunhão com Roma após o Cisma (vide Igreja Maronita). Nas 22 Igrejas Sui Juris em comunhão com o Papa o celibato não é obrigatório para os padres. Esses dados podem ser consultados no livro "História dos Concílios Ecumênicos" de Giussepe Alberigo.
Obrigada pelas contribuições! Conhecimento não ocupa espaço e nem desperdiça tempo... A paz!
ResponderExcluirDiante da afirmativa de Bento XVI a respeito do celibato, busquemos na Palavra de Deus, o que Ele quis para sua criatura o homem...
ResponderExcluirCELIBATO = Apostasia dos últimos tempos!
“MADRI (Reuters) - O papa Bento 16 disse neste sábado que os padres católicos romanos precisam ter vidas santificadas e que os homens só devem entrar para o sacerdócio se estiverem convencidos de que podem viver com todas as regras da Igreja, incluindo o celibato.
Ele disse que os padres devem entender sua "decisão de viver em celibato pelo reino dos céus," acrescentando que os homens devem buscar o sacerdócio apenas "se estiverem completamente determinados a exercê-lo em obediência aos preceitos da Igreja."
(Transcrito de nota divulgada hoje na internet.)
Agora, pare e compare, discernindo para entender:
1º) A Palavra de Deus é justa, santa, perfeita e soberana e através dela sabemos que:
1.- Logo no início, ( Gênesis 1; 26 – 28 ) Deus criou o homem e, em seguida afirmou: ( Gênesis 2; 18 ) “E disse o Senhor Deus: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.”
2- A “pedra” escolhida por Jesus para ser a base da Igreja (sem placa nem denominação, mas identificada pelo coração), Pedro era casado. ( Mateus 8; 14–15 )
3.- Paulo, afirma: ( I Corintios 7; 2 ) “..., por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” E, no verso 9 complementa: “Porque é melhor casar do que abrasar-se.”
4.- “No final dos tempos, homens hipócritas proíbem o casamento e ordenam a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis...” ( I Timóteo 4; 1 – 5 )
2º) Por mais limitados e falhos que sejamos, basta pequeno esforço para vermos e compreendermos claramente os danos, enganos e conseqüências na Igreja, esposa de Cristo, em decorrência da desobediência à Palavra do Senhor.
Em suma: Na Bíblia vemos claras recomendações de Deus ao homem; e estas ordenanças são distorcidas pela hipocrisia de homens que falam mentiras.
Releia aí na sua Bíblia, as citações que colocamos acima.
Lauro Kisielewicz = P. I. B. = E. B. D. Homens
20/Ago/2011