"Toda arte me dá prazer, mas eu prefiro escrever", diz padre Fábio de Melo
Fabiana Seragusacolaboração para a Livraria da Folha
20/08/2009 - 06h00

Mas parece ser com seus textos que o padre acredita chegar efetivamente ao coração das pessoas. Em entrevista à Livraria da Folha, ele diz que "a canção tem mais abrangência, mas a literatura tem mais eficácia" porque "o livro demora muito mais dentro da pessoa que a canção".
Autor de seis obras, escreveu em 2001 seu primeiro trabalho literário, mas foi a partir de 2008 que o público teve acesso a uma quantidade enorme de publicações: foram cinco livros concluídos em menos de três anos. Mas será que ele prefere escrever ou cantar? "Toda arte me dá prazer, mas eu prefiro escrever", revela.

Neste livro, ele fala sobre o perigo de permitir, mesmo inconscientemente, que os outros anulem ou transformem sua personalidade de forma equivocada. Por meio de reflexões filosóficas, poesias e histórias reais, propõe ao leitor que mergulhe em sua essência e descubra como viver bem com todos.
"Mulheres de Aço e de Flores" (Editora Gente, 2008) também chegou às livrarias no ano passado e, de acordo com Fábio, foi o mais difícil de ser finalizado: "Eu tinha 52 contos e precisava escolher 20". E é o de nome "A Primavera" que ele sugere como trecho fundamental envolvendo todas as suas obras (leia trecho inicial do conto). Com mais de 100 mil unidades vendidas, o livro fala sobre as similaridades entre as trajetórias das mulheres e de Deus, já que geram o mundo e misturam fragilidade e força tanto nas atitudes quanto nos sentimentos.

Além desses quatro citados acima, o padre também é autor de "Amigo: Somos Muitos, Mesmo Sendo Dois" (Editora Gente, 2007) e "Quando o Sofrimento Bater à Sua Porta" (Editora Canção Nova, 2008).
Incentivo à leitura
"Escrever é um hábito cotidiano. Mesmo que eu não esteja com um projeto sistematizado, escrevo sempre", diz Fábio de Melo, que afirma não ter um momento preferido para passar seus pensamentos para o papel: "É só chegar a inspiração que eu a obedeço". Ao reafirmar seu prazer pelos livros, o padre também reconhece que a abrangência de suas obras serve de incentivo para milhares de pessoas: "Conheço muita gente que iniciou o hábito da leitura com as minhas recomendações".
Formado em filosofia e teologia, e com mestrado em teologia sistemática, o padre --de 38 anos, natural de Formiga (MG)-- diz que a maneira com a qual o escritor constrói a história "é que faz com que o leitor queira ir adiante, ou não". E será que ele pensa em escrever outros gêneros, como suspense ou humor? "Por enquanto não, preciso aprimorar o estilo."
Apesar de contar que "sempre há uma ansiedade" em relação à iminência de novos trabalhos, padre Fábio nos adianta a publicação de outros dois livros. O primeiro será "Mulheres Cheias de Graça" (uma continuação de "Mulheres de Aço e de Flores") e o segundo, previsto para o ano que vem, terá o nome de "Orfandades - O Destino das Ausências".
Fonte: Folha Online
Fotos: divulgação
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